A história da Unidade Escolar Realengo

Entrada do ensino fundamental

Desde 1983 havia, em Realengo, um movimento social que pedia uma escola pública de qualidade na região, o Movimento Pró Escola Técnica Federal em Realengo. A Zona Oeste do Rio de Janeiro, principalmente no bairro de Realengo, era uma região de certa forma abandonada pela educação pública de qualidade Então, no início da década de 2000, esse movimento procurou Wilson Choeri, diretor-geral do Colégio Pedro II na época, com a ideia de criar uma unidade na região e o diretor aceitou o pedido.

Professor Wilson Choeri discursando na Unidade

O terreno onde fora a Fábrica de Cartuchos de Realengo já era visado para instalar a unidade e fora cedido pelo exército, porém, não haviam condições de instalar o Colégio ali nesse momento. Então, no ano de 2004, a unidade começou suas atividades provisoriamente no turno da noite na Escola Municipal Gil Vicente através um convênio com a Prefeitura. O colégio começou com 194 alunos (de 230 inscritos) e com cerca de vinte professores e técnicos.

No ano seguinte, em 2005, o aumento de alunos gerou a necessidade de mais espaço, fazendo com que mudassem para o Centro Comunitário de Capelinha da Igreja de São José, espaço cedido através de um acordo entre o diretor-geral do Colégio Pedro II e o padre João Cribin.

Em março de 2006, o colégio começou a funcionar no local onde está hoje, mas, incialmente, todo o colégio foi limitado no pequeno espaço onde atualmente funciona o ensino fundamental. As obras foram rápidas, duraram apenas três meses, porque a estrutura deixada pela Fábrica é muito boa, houve apenas o trabalho de restauro. Vale ressaltar que o colégio não recebeu verbas e utilizou o dinheiro ganho das inscrições de candidatos do processo seletivo.

Desde então o colégio vem se expandindo graças ao apoio dos funcionários e alunos junto com a ajuda do governo Lula, que auxiliou para a recuperação total da área. Ao longo dos anos, a unidade foi se expandindo dentro do terreno onde ocupa. No ano de 2010, foi inaugurado a Unidade Escolar Realengo I e também as duas primeiras séries dos anos finais do Ensino Fundamental.

A Unidade Realengo também se destaca por ser a primeira do Colégio Pedro II a oferecer um ensino Técnico em Música e também por ser a primeira a ter uma Educação Infantil e receber crianças de 4 e 5 anos.

Presidente da FUNDEC, Diretora Geral do CPII, Ministro da Edução e  o diretor da unidade na inauguração da Unidade

O principal apoio para esse constante crescimento da unidade é o apoio dos funcionários, os alunos, principalmente os mais antigos, e também os ex-alunos. De acordo com a Renata Laranjeiras, diretora adjunta, e Miguel Villardi, diretor da unidade, a escola depende do apoio dos alunos e funcionários para manter o ambiente de forma harmoniosa.

Hoje o Campus Realengo possui aproximadamente 2.115 alunos, além de atender a comunidade oferecendo cursos de diversas áreas, acessibilidade à internet e práticas esportivas. No futuro haverá um teatro, que será feito a partir do único prédio ainda em ruínas da Fábrica.